sábado, 18 de julho de 2009

Sobre a amizade

Não penso em me casar, não penso em ter uma parceira, nem um parceiro, não penso em ter um filho. Não me incomoda a ideia de ser só. Sei que dói a solidão, mas esta me faz atração. Esta já me fez companhia tão agridoce de modo que onde quer que eu fosse sentia-me acompanhado... "Ó divina solidão velada"... E agora não me assusta e não me atrai nada diferente dela, a solidão...

Acho que na verdade isso é mais medo do “cárcere”, medo de prender-me a algo, ter responsabilidade pela vida e, na vida de alguém. Talvez seja sentimento de pássaro novo que só começou a voar. Ou pode ser egoísmo, não querer partilhar tudo o que tenho e sou com um outro alguém.


Porém, eterna antítese minha vida, adoro estar acompanhado de meus amigos, meus amados, meus queridos. Em cada momento que vivo com eles, o desejo que faço em meu coração é que aquilo, isso é, aquele momento, seja eterno. Por isso também não penso neles casando, tendo filhos, constituindo famílias, pois como eu quero ser “livre” para poder estar eternamente com eles, quero também que eles sejam assim.

Mas sei que não é bem assim que funciona, já aprendi a me conformar. Sei, nem tudo o que queremos podemos ter. Sei que esse sentimento pode amanhã morrer, e outro completamente contrário nascer.

3 comentários: