sábado, 28 de novembro de 2009

Menção ao nunca mencionado

Não sei de onde ele vem
Apenas sei que veio
Nem sempre o trato bem
Nem sempre sou a favor de suas opiniões
Nem sempre concordo com suas ações
Correção, substituam NEM SEMPRE, por QUASE NUNCA...
Como se gosta de alguém assim, não sei, por que estar, não sei
Penso que amizades nascem, e não são frutos do acaso
Talvez seu andamento sim seja fruto do destino, talvez seja o nosso caso
Embora não sejamos mais o quarteto fantástico
Eu ainda sou o mesmo, com os mesmos sentimentos
Os mesmos lamentos, os mesmos estranhos gostos, você está incluído nessa parte.
Não quero que me esqueça, misterioso amigo, não desapareça.

P.S: Isso não é uma declaração de amor de um gay enrustido, SIM, ele é uma amigo!

domingo, 15 de novembro de 2009

ALOC-ACOC

Obscuro líquido que me atrai
Fascinas-me e faz de tua busca minha sina
Completas minh'alma
Ajuda-me em meu ofício
Mantém-me calmo
Alimenta - me o vício

Consome meu interior
E me finda aos poucos
Terno veneno, ameno,
Dá-me teu verdor
Dá-me tua Campania
Dá-me o prazer de poucos:
Realmente te conhecer, te ter.

“Sacia o vício de um viciado
Que deste mal rogado
Ficou desamparado
E busca agora um culpado
Não sofreu nem foi amado
A mídia ajuda o coitado
A definhar satisfeito
Sei que já não tem jeito
Só me resta morrer
E alguém da família, um dia
Uma indenização receber

Oh! Coca cola minha!
Mata minha sede, mata!
E acaba de vez, acaba!
Tomando mais um copo,
Com a vida minha!”

sábado, 7 de novembro de 2009

Devaneio

Era um dia claro de verão
Sol forte e céu celeste
fumaças pareciam sair do chão
E eu ouvia um som que vinha do leste
Eram surdos, taikos, tabores e tablas
Sincronizados com meu coração
Faziam-me mamolenciar
Minha mente foi tomada,
Não havia mais como lutar
Então me entreguei, corpo e alma pra batucada
O som que era do leste, agora era daqui
Muitos igual a mim, tomados,
Não tinha por que não seguir
Fui seguindo os muitos igual a mim
O destino era desconhecido
Mas o rítimo era empolgante, não tinha como parar de ir
Nem havia vontade para isso
Era alegria jamais vista, todos que ouviam se contagiavam
O povo todo formou uma grande procissão
Formou-se uma grande corrente quando todos deram as mãos
Pra pedir que tal alegria jamais acabasse
Nesse momento o céu encheu-se de nuvens negras e carregadas
Foi quando o povo, tomado por uma força energizada começou a cantar:

"Vai desabar água, algodão vai, desabar água
Pra lavar o que tem que limpar, pra lavar o que tem
Vai desabar água e é pro nosso bem!!!"

Foi água e mais água
Todos encharcados
Abençoados por tal água
As nuvens começaram a se movimentar
A medida que a tempestade se desfazia, desfazia-se também a muvuca
Quando dei por mim, estava eu onde tudo começou
Ainda podia ouvir a batucada, não mais vinda do leste, ou de qualquer lugar exterior
mas dentro de mim
O sol, por mais quente que estivesse, não me queimava
ainda sentia o frescor
A alegria...ainda aqui.
Minha vida...se temor!