sábado, 23 de outubro de 2010

Comprei uma bolsa de grife (Vanessa da Mata)


Comprei uma bolsa de grife, mas ouçam que cara de pau.
Ela disse que ia me dar amor, acreditei, que horror.
Ela disse que ia me curar a gripe, desconfiei, mas comprei.
Comprei a bolsa cara pra me curar do mal
Ela disse que me curava o fogo, achei que era normal
Ela disse que gritava e pedia socorro, achei natural

Ainda tenho angústia, sede.
A solidão, a gripe e a dor.
E a sensação de muita tolice nas prestações que eu pago pela tal bolsa de grife.

Nem pensei, um impulso pra sanar um momento.
Silenciar, barulho. Me esqueci de respirar.
Um, dois, três
Eu paro.
Hoje sei
Que nem tudo será
Escrevi meu colar,
Dentro há o que procuro

Ainda tenho angústia, sede.
A solidão, a gripe e a dor.
E a sensação de muita tolice nas prestações que eu pago pela tal bolsa de grife.

Meu amigo comprou um carro pra se curar do mal.

Passion

Quem é ela
Que vem em minha direção,
Que parece estar me dando trela,
Que me confunde a ação?

Quem é ele
Que os olhos me fitam,
que faz vermelha minha pele,
Que os batimentos me agitam?

Quem ela é
Para roubar-me de mim com um só olhar?
quem ele é
Para entrar dentro em mim sem nem perguntar?

Não é ele
Nem tão pouco ela.
Não foi intento dele
Nem vontade dela.

Foi paixão!

Sono na Aula


Não consigo conter meus olhos, que
Insistentemente insistem em fechar;
E também minha cabeça, que
Descontroladamente cai para os lados;
Muito menos meu pensamento,
Que escapa pela via do sono
Chegando a terra dos sonhos.

Abre olhos meus, Abre-te.
Volta consciência, não se iluda
com a indescência dos sonhos meus,
Volta, é hora da ciência,
Adquire-a, alimenta-te, expandi os limites teus.
Centra-te ser, centrat-te para ser.